Alckmin toma sorvete e Haddad vira garoto propaganda: veja como foi ida de políticos à feira do MST

Metrópoles

13/05/2023 18:12, atualizado 13/05/2023 18:12 


O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) participou, neste sábado (13/5), da Feira Nacional da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No evento, Alckmin, que já prometeu “tolerância zero” a invasões de terra, foi chamado de “guerreiro do povo brasileiro”. 

Em seu perfil no Twitter, o vice-presidente publicou imagens conversando com apoiadores, comprando sorvete e tomando café. Veja: 

Além de Alckmin, outros membros do alto escalão do governo Lula marcaram presença, como o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo e o presidente da Conab, Edegar Pretto. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não compareceu ao evento, mas virou assunto após aparecer como “garoto propaganda” de uma marca de fubá exposta na feira. No banner, Haddad aparece segurando um pacote do produto.

“Acompanhei, ainda que a distância, a abertura da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária (11 a 14 de maio, no parque Água Branca em SP). São 500 toneladas de alimentos de 24 estados, produzidos pelas famílias Sem Terra nas cinco regiões do país. Tenho orgulho de ter participado da campanha publicitária destes produtos”, disse o ministro.

CPI exige cautela

Durante visita à feira, Alckmin afirmou que a relação do governo Lula (PT) com o MST não mudou, mesmo após as ocupações do Abril Vermelho. O vice-presidente também se mostrou cauteloso em relação à CPI que será instaurada na Câmara dos Deputados.

“Não mudou nada [a relação com o MST]. Na realidade, o governo do presidente Lula e todos nós defendemos a reforma agrária”, afirmou Alckmin.

As ocupações integram o movimento anual promovido pelo MST e chamado de Abril Vermelho, que relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, no qual 19 trabalhadores rurais foram assassinados em 1996.

Durante a visita à feira, nesta tarde, Alckmin não subiu ao palco principal para discursar – diferentemente do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), que ironizou a instalação da CPI e afirmou que o desgaste provocado pelo Abril Vermelho foi “superado”.

Questionado se evitou o palanque por causa das invasões, o vice-presidente negou e disse que sempre visitou a feira quando foi governador de São Paulo. “Não precisa fazer discurso. Eu não sou muito da ribalta”, disse.